Como confiar se o psicólogo é um estranho?
O psicólogo não está ali para julgar você! O papel do psicólogo não é apontar erros ou defeitos, mas criar um espaço seguro para reflexão e crescimento. Ele usa técnicas baseadas na ciência para ajudar você a compreender suas emoções, sem críticas ou imposições.
Abrir a vida pra alguém desconhecido pode parecer uma das coisas mais difíceis do mundo. Quando se trata de procurar um psicólogo, essa sensação costuma vir com força: “Como eu vou confiar em alguém que nunca vi na vida?” É uma dúvida legítima, e entender esse processo pode ajudar a tornar o caminho mais leve. Não é preciso chegar no primeiro atendimento contando tudo, chorando ou se abrindo por completo.
Muita gente imagina que a terapia só funciona se houver entrega total desde o início. Mas a verdade é que o vínculo terapêutico se constrói com o tempo. O psicólogo não está ali pra te julgar nem pra forçar nada. Ele vai respeitar teu tempo, teus silêncios e até tuas resistências. O que tu sentir, vale.
Uma das bases da psicologia é o sigilo profissional. Isso significa que tudo o que for dito em sessão fica ali. Exceto em casos muito específicos (como risco de vida), o psicólogo é legalmente e eticamente obrigado a manter confidencialidade. A escuta do psicólogo é qualificada: ela é treinada, ética, e orientada por um compromisso profissional. Ele não vai opinar como um amigo, nem te dizer o que fazer, mas vai te ajudar a entender tuas próprias escolhas, emoções e histórias.
Desconfiar no começo não é fraqueza, é autodefesa. E muitas vezes, essa dificuldade de confiar no psicólogo reflete outras relações: será que é difícil confiar nas pessoas em geral? Já te machucaram quando tu se abriu no passado? Essas perguntas são pistas valiosas que a terapia pode ajudar a elaborar. Confiar em alguém que começa como estranho pode parecer improvável, mas com o tempo, esse mesmo estranho pode ser a pessoa que vai te ajudar a confiar mais em você mesmo.